10 momentos do futebol em que havia um romeno e você não deve lembrar ou saber

Mesmo atrapalhado por graves lesões, Chivu foi importante em uma grande geração da Inter

Título da Inter na Champions League

Cristian Chivu foi o melhor jogador e mais bem sucedido jogador romeno de sua geração, ao lado de Adrian Mutu. Após ter sido revelado no CSM Reșița em 1996, o zagueiro e lateral-esquerdo explodiu para o futebol atuando pelo Universitatea Craiova. Após uma temporada na Știință, saiu para o Ajax, teve ótima passagem pela Roma e chegou na Internazionale em 2007. Ficou em Milão até a aposentadoria em 2014 e, no meio desta trajetória, em 22 de maio de 2010, foi titular na final da Champions League contra o Bayern, vencida por 2 a 0.

Primeiro gol de Alan Ruschel pós-tragédia

Durante a turnê da Chapecoense pelo mundo em 2017, houve um amistoso contra a Roma, no Stadio Olimpico. Aos 9 minutos do segundo tempo, Dodô sofreu pênalti. Alan Ruschel, o único sobrevivente da tragédia de 2016 que estava em campo, foi para a bola, e chutou rasteiro, no canto esquerdo. O goleiro ainda conseguiu alcançar, mas a bola bateu em sua mão e entrou. Era o primeiro gol do brasileiro depois do ocorrido no ano anterior.

O goleiro da Roma era o até então interminável Bogdan Lobonț, reserva eterno que, aos 39 anos, disputava o amistoso contra a Chape. Estava nos giallorossi desde 2009, mas não atuou em mais de 30 jogos. Tem 85 partidas pela seleção romena, e disputou as Eurocopas de 2000 e 2008. Foi revelado no Corvinul Hunedoara e passou por Rapid, Ajax, Dinamo e Fiorentina. Se aposentou em 2018, aos 40 anos.

Bölöni e CR7 juntos, no Sporting | Foto: Paulo Calado/Record

O início de Cristiano Ronaldo

O primeiro técnico na carreira profissional de Cristiano Ronaldo foi László Bölöni. Ídolo do antigo ASA Târgu Mureș, ele foi campeão europeu com o Steaua em 1986, e tem 102 jogos pela seleção romena. Treinou o Sporting entre 2001 e 2003, conquistando Liga, Copa e Supercopa em 2002. Completou 67 anos no último 11 de março e até maio estava no Royal Antuérpia, da Bélgica.

Popescu (esq.) comemora com o então Ronaldinho

O Barcelona dos anos 90

Entre 1995 e 1997, Gheorghe “Gică” Popescu foi jogador do Barcelona. Lá, conquistou três títulos: A Copa dos Campeões de Copas da UEFA (também conhecida como Recopa) em 1996-97, sobre o Paris Saint-Germain, a Copa do Rei de 1996-97 e a Supercopa da Espanha de 1996. O título europeu e a Copa do Rei tinham Popescu como capitão do Barça, e Ronaldo como principal craque. Os dois já haviam se encontrado no PSV, após o brasileiro ter deixado o Cruzeiro e depois de o romeno ter deixado o Universitatea Craiova.

 

Lucescu comemora a Copa da UEFA ao lado do compatriota Răzvan Raț | Foto: Mike Hewitt/Getty Images

12 anos de Shakhtar

Mircea Lucescu é um dos grandes nomes do futebol romeno. Disputou a Copa de 1970, colecionou títulos como jogador no Dinamo, mas também como técnico: Corvinul, Dinamo, Brescia, Rapid, Galatasaray, Beșiktaș, Shakhtar Donetsk e Zenit. Sua última equipe foi a seleção da Turquia. O Shakhtar em seu melhor momento foi visto sob o comando do romeno, com pencas de brasileiros nos elencos ano após ano. Foram oito títulos ucranianos, seis copas, sete Supercopas e a Copa da UEFA de 2008-09.

O Brilhante e o Imperador fizeram bonito na Itália

A dupla letal de Adriano

Uma dupla dinâmica de Adrianos (Adriano e Adrian Mutu) se encontrou no Parma em 2002. Aquele que se tornaria o Imperador fez uma parceria com aquele que em seu país natal é apelidado de o Brilhante (Briliantul). O resultado foi um pequeno furor com muitos gols naquele que foi um dos últimos anos do Parma da Parmalat. O romeno sairia para o Chelsea, onde começaria sua decadência (se reencontraria mais tarde, na Fiorentina) após o doping por cocaína, e o brasileiro viveria seu auge na Internazionale.

Petrescu atuou nos Blues por cinco anos

A quebra de jejum do Chelsea

O lateral-direito Dan Petrescu jogou as Copas do Mundo de 1994 e 1998, mas também teve grandes momentos atuando por clubes. Em 1995, ele chegou ao Chelsea, onde conquistou uma FA Cup, uma Copa da Liga, uma Supercopa da UEFA e uma Copa dos Campeões de Copas. O título da FA Cup foi o primeiro do clube desde 1970. Os Blues não conquistavam um troféu desde 1990. Petrescu é o atual técnico do CFR Cluj.

Da esquerda à direita: Neagu, Everaldo, Pelé, Lupescu e Fontana

Brasil de 70

Para a grande seleção de 1970 conquistar o tri, precisou passar antes por um valente time da Romênia, que tinha Mircea Lucescu, Cornel Dinu, Radu Nunweiller e Florea Dumitrache. O principal jogador, Nicolae Dobrin, havia sido barrado pelo técnico Angelo Niculescu, ainda que estivesse no elenco. Pelé abre o placar aos 19, Jairzinho amplia três minutos depois, Dumitrache desconta aos 24. Pelé dobra a vantagem aos 22 do segundo tempo e Dembrovschi fecha a conta já aos 39. Placar final: 3 a 2.

Săpunaru, coberto pela bandeira romena, embala o troféu | Foto: Alex Livesey/Getty Images

Último título europeu do Porto

Quando o Porto conquistou seu último título europeu, Cristian Săpunaru estava lá, com Helton, Guarín, João Moutinho, Otamendi, Falcao García, James Rodríguez e o técnico André Villas-Boas. Passando por Genk, Beșiktaș, Rapid Viena, CSKA Sofia, Sevilla, CSKA Moscou, Spartak Moscou, Villarreal e Braga, os Dragões faturaram o caneco da Liga Europa com o romeno sendo peça importante do elenco. Ele também conquistou três campeonatos portugueses, três Taças de Portugal e duas Supertaças. Mais recentemente, Săpunaru foi um dos líderes da seleção romena, chegando a ser capitão. Hoje, aos 36 anos, o zagueiro e lateral-direito joga no Kayserispor, da Turquia.

Cosmin Contra lamenta a derrota com gol na prorrogação | Foto: Agência EFE

O Alavés de 2001

O grande momento da história do Deportivo Alavés teve a participação de um romeno: o lateral-direito Cosmin Contra. Após ter sido revelado na Politehnica Timișoara e atuado também pelo Dinamo Bucareste, ele foi ao Alavés, e chegou à final da Copa da UEFA de 2000-01, enfrentando o Liverpool. Os Reds tinham Owen, Gerrard, Carragher, Heskey, Fowler, Hyypiä. Os espanhóis, com um elenco muito mais modesto, foram derrotados por 5 a 4. O gol do título do Liverpool foi contra, marcado pelo zagueiro Delfi Geli.

Para chegar à final, o Alavés passou por Gaziantepspor-TUR, Lillestrom-NOR, Rosenborg-NOR, Internazionale, Rayo Vallecano e Kaiserslautern-ALE.

O último trabalho de Cosmin Contra foi como técnico da seleção romena. Após a final ele passaria uma temporada no Milan.

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