UTA Arad e Argeș conquistaram, neste domingo, 2, seus acessos à Liga I, o Romenão, em um confronto direto terminado em 1 a 1, que marcou a festa das duas tradicionalíssimas equipes no estádio Nicolae Dobrin, em Pitești. O UTA já estava bem encaminhado e acabou conquistando também o título, mas o time de casa ainda contou com a derrota do Mioveni para o Petrolul, por 2 a 1. Desta forma, o Argeș ficou com o vice e o Mioveni disputará a repescagem com o time que terminar na antepenúltima posição da primeira divisão.
Os retornos das duas equipes são celebrados, na verdade, por todo fã de futebol romeno. São dois dos maiores clubes do país, com histórias imensas. Em um contexto no qual o Romenão tem a presença cada vez mais frequente de times de vilas e cidadelas, ter equipes de tradição de volta torna-se um alívio, que engrandece a competição.
O UTA disputou a primeira divisão romena pela última vez na temporada 2007-08. O Argeș não via a elite do futebol romeno desde 2008-09.
Tanto Argeș quanto UTA foram refundados, após chegarem à falência. A marca do Argeș, na verdade, foi comprada em 2017 pela Prefeitura de Pitești, que tinha o SCM Pitești. A equipe praticamente assumiu a identidade do clube fundado em 1953. Toda a torcida embarcou na ideia, e ai de quem chegar em Pitești e contestar a autenticidade do Argeș.
O Argeș foi campeão romeno em 1971-72 e 1978-79. É o clube de ninguém menos que Nicolae Dobrin, dos maiores craques da Romênia depois da Segunda Guerra Mundial. Era unanimidade no posto de maior jogador romeno de todos os tempos, até que Gheorghe Hagi apareceu. Em 1972, a Viola chegou a bater o Real Madrid em Pitești por 2 a 1, na Copa dos Campeões Europeus, a atual Champions League.
O UTA, por outro lado, é o maior campeão romeno do interior do país, com seis títulos, à frente de clubes como CFR Cluj e Universitatea Craiova, com cinco e quatro troféus da Liga I, respectivamente. O Craiovano escreveu sobre a história Velha Senhora em 2015.
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