Projeto para “mega” liga do sudeste europeu inclui FCSB, Dinamo e Craiova na 1ª divisão

Já imaginou se, em vez de disputar o Romenão, Steaua/FCSB, Dinamo e CS U Craiova disputassem uma grande liga do sudeste europeu, ao lado de outros 17 clubes, incluindo Olympiacos, Panathinaikos, Partizan Belgrado, Estrela Vermelha e Dinamo Zagreb? E se Rapid, CFR Cluj, Petrolul e U Cluj estivessem em uma segunda divisão desta liga, que incluisse AEK Atenas, PAOK, Zimbru Chișinău e Hapoel Tel Aviv? Esta é a ideia do búlgaro Rumen Vatkov, ex-diretor de marketing e vendas do CSKA Sófia: a criação da Mega League, a liga do sudeste europeu, que, de acordo com as ambições de seu idealizador, rivalizará com os campeonatos italiano e alemão.

A Mega League se diz uma organização sem fins lucrativos, que se mantém com investimentos e doações, para unir os países do sudeste europeu (ou no caso, da UEFA, porque Israel, Armênia, Azerbaijão, Chipre e Geórgia não são geograficamente europeus). Basicamente, as duas divisões da Mega League substituiriam os campeonatos nacionais dos países participantes como divisões de topo. Desta forma, as competições da UEFA receberiam os melhores classificados da primeira divisão da Mega League, que seria disputada por 20 times, em turno e returno. Os três últimos seriam rebaixados, e os três primeiros da segunda divisão da Mega League conquistariam o acesso. Esta segunda divisão teria 22 clubes, com disputa de pontos corridos em turno e returno. A liga ainda não definiu o quarto clube da Bulgária, o segundo time do Azerbaijão e o segundo time da Albânia.

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“Um projeto, população de mais de 90 milhões, duas divisões, 17 federações nacionais, 42 times”: o objetivo da Mega League é ser uma grande potência europeia.

“Será criada uma das mais interessantes e disputadas competições esportivas no mundo. Irá melhorar o bem-estar financeiro dos clubes participantes e melhorar a qualidade do futebol na região”, afirma o site oficial da Mega League, que projeta obter uma receita de 200 milhões de euros anuais provenientes dos direitos de transmissão.

Os 40 melhores colocados gerais de 17 campeonatos nacionais (Romênia, Grécia, Israel, Sérvia, Bulgária, Albânia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Eslovênia, Chipre, Macedônia, Moldávia, Kosovo, Montenegro, Geórgia, Azerbaijão e Armênia) competiriam por cinco vagas de acesso à segunda divisão da Mega League. Na prática, isto transformaria o Romenão e todos os outros campeonatos envolvidos em grupos de uma gigantesca terceira divisão. As divisões inferiores dos países seriam a quarta, quinta, sexta divisão e assim por diante.

Apesar do projeto audacioso que começou em outubro deste ano, Vatkov parece não estar alinhado com algumas particularidades de países participantes como a Romênia, por mais que “reacender rivalidades” seja um dos objetivos. O plano inicial é incluir o CFR Cluj, um dos três melhores clubes da atualidade, na segunda divisão. Além disso, clubes como o Petrolul e o Universitatea Cluj estão na terceira divisão romena, mas incluídos na “Mega League 2”, talvez pela tradição. A falha mais grave fica por conta do Rapid Bucareste. Presente na segunda divisão do projeto, o clube está atualmente dividido em dois, na quarta divisão romena. No caso do Steaua, deduz-se que a Mega League quer o FCSB, e não o Steaua do Exército.

O ambicioso (e talvez utópico) projeto de Rumen Vatkov poderia ser, na melhor das hipóteses, aplicado na prática na temporada 2019-20, de acordo com o site oficial.

“Eu acredito que unir os melhores clubes de futebol do sudeste da Europa em uma única liga é o único jeito que eles terão para se tornar mais uma vez competitivos contra os clubes da Europa Ocidental. Esta é a única maneira viável, a única solução a longo praso para os crescentes problemas de finanças dos clubes de futebol da região. Será criada uma das mais interessantes e empolgantes competições na Europa, que rivalizará até mesmo com a Serie A italiana e a Bundesliga. Eu planejo utilizar todos os recursos à minha disposição para a realização da Mega League, e eu espero atrair grande apoio para o projeto vindo da comunidade do futebol”, explica Vatkov no seu perfil do LinkedIn.

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A Romênia é o país com mais clubes no projeto da Mega League, com Steaua, Dinamo, Craiova, CFR Cluj, Rapid, Petrolul e U Cluj.

 

3 comentários sobre “Projeto para “mega” liga do sudeste europeu inclui FCSB, Dinamo e Craiova na 1ª divisão

  1. Isso é serio mesmo? Tinha lido isso num site mas achei que era uma ideia, uma utopia. Mas se isso sair do papel tem que tomar cuidado pars clubes menores nao desaparecerem de vez. Muitos clubes tradicionaia adormecidos acordariam para se tornar grandes no continente novamente.

  2. Para uma alavancada, fazer com que esses clubes tradicionais possam ao menos tentar bater de frente com grandes clubes, acho que é o caminho sim. Meu medo é em relaçào aos times pequenos. Uma grande parte dos grandes jogadores surgem em times pequenos. Mas, olhando o lado legal da coisa, seria uma liga muito interessante. Futuramebte, vejo essas ligas como corriqueiras. Ja imaginou, una super liga europeia, essa mega liga que o bulgaro quer fazer. Uma liga com times das republicas sovieticas, quem sabe ate uma super liga sul americana. Mas teria que ser pensado, pois tem muito campeonato nacional que nao pode sumir.

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